Em um emocionante capítulo de regeneração ambiental, a Prefeitura de Magé está prestes a inaugurar o Parque Natural Municipal Barão de Mauá, localizado no antigo cenário de um desastre ambiental ocorrido há 24 anos no manguezal de Mauá. O espaço, equivalente a 113 campos de futebol, agora abriga uma exuberante floresta de mangue e diversas espécies nativas, em um testemunho vivo da vitória da natureza sobre a adversidade.

O processo de recuperação, liderado pelos próprios pescadores da região, envolveu a árdua tarefa de limpar o local, plantar mudas de mangue e monitorar constantemente o ecossistema. Hoje, o parque abriga uma biodiversidade impressionante, com 107 espécies de aves, 21 espécies de mamíferos, 16 espécies de répteis e 11 espécies de crustáceos catalogadas.

"Esta inauguração representa uma vitória para o meio ambiente e evidencia o poder da ação humana na recuperação de ecossistemas degradados", destaca o prefeito Renato Cozzolino. O Parque Natural Barão de Mauá promete ser não apenas um santuário para a fauna e flora local, mas também um espaço de educação ambiental, pesquisa e lazer para a comunidade.

A área contará com uma passarela suspensa de aproximadamente 1 km, um deck na praia, um observatório com mais de 11 metros de altura e alojamento para pesquisadores, além de uma lanchonete e espaço para exposições. A inauguração marcará também a eternização dos parceiros dessa jornada, com o circuito do parque nomeado em homenagem a Alfredo Sirkis e um bosque em memória de Gilberto Gil, que contribuíram para a restauração do manguezal.

Arthur Nóbrega, gestor do parque, ressalta a importância do manguezal como um "pulmão" ambiental, capaz de capturar grandes quantidades de carbono e filtrar impurezas da água. Ele destaca que as visitações em grupo serão limitadas a 30 pessoas, com agendamento pelo e-mail parquebaraodemaua@mage.rj.br, promovendo assim uma experiência íntima e educativa para os visitantes.