Política Caos Administrativo
Prefeito de Belford Roxo denuncia caos administrativo e decreta calamidade financeira
Decreto fecha a prefeitura por 15 dias; Vila Olímpica, Casa da Cultura e escola especial foram destruídas
03/01/2025 02h21 Atualizada há 3 meses
Por: Marcus Vinicius
Fotos: Jeovani Campos / Divulgação

O prefeito de Belford Roxo, Márcio Canella (União Brasil), assumiu a administração municipal sob um cenário de caos. Em uma série de denúncias nas redes sociais e na imprensa, Canella revelou que a gestão anterior deixou a prefeitura em condições precárias. Com uma dívida de R$ 1 bilhão, o prefeito decretou calamidade financeira no município e determinou o fechamento do prédio da administração por 15 dias para reorganização.

Nesta quinta-feira (2), Canella deu início a um mutirão de limpeza em diversos bairros da cidade. Ele também visitou a Vila Olímpica, a Casa da Cultura e a Escola Municipal de Educação Especial Albert Sabin, todas encontradas em estado de abandono e destruição.

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"Foi um ato criminoso do ex-prefeito Waguinho. Até as bandeiras e os computadores do gabinete foram levados. Estamos começando do zero para oferecer serviços dignos à população", afirmou Canella.

No primeiro dia de trabalho, o prefeito acompanhou de perto os esforços de limpeza, destacando o apoio do governador Cláudio Castro e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar. "A coleta de lixo foi praticamente suspensa nos últimos dias da gestão anterior, mas agora, com caminhões e maquinários fornecidos pelo Estado, começamos a mudar essa realidade. É hora de trabalhar pelo bem da população", ressaltou Canella.

Durante sua visita à Vila Olímpica, inaugurada nos anos 1990 pelo então Ministro dos Esportes, Pelé, Canella encontrou um cenário de completo abandono, com instalações depredadas e materiais furtados. A Casa da Cultura, que abrigava biblioteca, teatro e oficinas, também foi completamente inutilizada.

A situação é ainda mais grave na Escola Albert Sabin, que atendia alunos regulares e crianças autistas. Lá, materiais pedagógicos, aparelhos de ar-condicionado e até a fiação elétrica foram roubados. "O cenário é de guerra. Vamos registrar uma queixa criminal para responsabilizar os culpados", afirmou o prefeito.

José Carlos Eleotério, funcionário da Escola Albert Sabin há sete anos, não conteve a emoção ao ver a destruição. "Era um lugar feliz e acolhedor. É triste presenciar tanto descaso. Isso começou após as eleições, quando os vigias foram dispensados", relatou.

Canella reafirmou seu compromisso de recuperar os espaços públicos e restabelecer os serviços essenciais à população de Belford Roxo.