A preocupação com a dengue segue crescente em Magé, refletindo o cenário alarmante no Estado do Rio de Janeiro. Em 2024, o município registrou 3.959 casos suspeitos e 2.337 confirmados, com 217 internações e dois óbitos. Já em 2025, mesmo com números iniciais mais baixos — 15 casos suspeitos e três confirmados — o alerta permanece alto.
Nesta semana, a Prefeitura de Magé mobilizou a Sala de Situação, um grupo executivo formado por diversas secretarias, para discutir estratégias no combate ao mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela urbana. A preocupação é agravada pelo reaparecimento da dengue tipo 3, que pode causar complicações mais severas.
A Prefeitura destacou a importância da colaboração da população na eliminação de criadouros. O coordenador de Mobilização Social e Educação em Saúde, Marcos Vanini, reforçou que “receber a visita dos Agentes de Endemias e realizar o checklist semanal da limpeza dos quintais é essencial, principalmente no verão, com períodos de calor e chuvas intensas.”
Atualmente, 176 Agentes de Endemias atuam no município, mantendo o índice LIRAa entre 0,3 e 0,9. Porém, Eusébio Lage, da Coordenação de Controle de Vetores, alerta que “a aplicação de inseticida é uma medida paliativa. O foco deve ser impedir o nascimento do mosquito.”
A Secretaria de Saúde de Magé lidera a busca ativa de crianças e adolescentes que precisam tomar a segunda dose da vacina contra a dengue. Em parceria com a Secretaria de Educação, o município planeja levar a vacinação às escolas e promover palestras de conscientização.
Além disso, a rede de saúde adotou o modelo do cartão de acompanhamento para pacientes com dengue, que facilita a identificação da evolução do quadro clínico em cada atendimento.
A Subsecretaria de Cultura integra a campanha, engajando artistas e influenciadores locais na disseminação de mensagens sobre prevenção e identificação de sintomas da dengue.
Para conter a proliferação do Aedes aegypti, é fundamental que os moradores dediquem 10 minutos semanais para eliminar focos de água parada em quintais, vasos de plantas, calhas e outros recipientes. Além disso, recomenda-se o uso de repelentes e roupas que protejam o corpo.
Em caso de sintomas, como febre alta, dores no corpo e manchas na pele, é essencial procurar atendimento médico imediatamente. A união entre poder público e população é o caminho para vencer a batalha contra a dengue e proteger a saúde de todos.