Cultura Galeria de Artes
Exposição fotográfica “Fresta” retrata o cotidiano de Nova Iguaçu
Mostra de Antonio Dourado está aberta na Galeria de Artes Fenig até 11 de março
13/02/2025 08h49 Atualizada há 3 semanas
Por: Redação da Folha

Desde criança, Antonio Dourado entendeu que a fotografia poderia ser uma ponte para a memória e a ancestralidade. Agora, como pedagogo, professor e artista visual, ele transforma esse olhar em arte na exposição "Fresta - imagens do cotidiano iguaçuano guardadas nas frestas da cidade", aberta nesta quarta-feira (12), na Galeria de Artes Fenig, no Centro de Nova Iguaçu. A mostra fica disponível para visitação até 11 de março, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, com entrada gratuita.

A exposição é uma realização da Prefeitura de Nova Iguaçu, por meio da Fundação Educacional de Nova Iguaçu (Fenig), com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

Continua após a publicidade

Dourado aprimorou sua técnica no curso "Imagens do Povo", do Observatório de Favelas na Maré, e desenvolveu um olhar apurado sobre o cotidiano urbano. Em "Fresta", ele retrata espaços emblemáticos de Nova Iguaçu, como o túnel do Getúlio, a rodoviária, a passarela caracol e a catedral de Santo Antônio de Jacutinga. A mostra propõe uma reflexão sobre o movimento das pessoas e a imobilidade da metrópole, construindo uma narrativa visual única da cidade.

"A periferia tem suas histórias, suas pessoas e sua cultura. O fotógrafo popular vai mostrar aquilo que não é visto: o cotidiano, os afetos familiares, o movimento cultural e as representações visuais de matriz africana na Baixada Fluminense", destaca Dourado.

Inspirado por fotógrafos da Baixada Fluminense, como Danilo Sérgio e Jorge Ferreira, e grandes mestres como João Roberto Ripper e Januário Garcia, Antonio também se inspira em Ratão Diniz, outro integrante do projeto "Imagens do Povo".

Além do trabalho artístico, Antonio utiliza a fotografia como ferramenta educacional na Educação de Jovens e Adultos (EJA), ajudando estudantes a explorar identidade, cultura e questões ambientais.

"Expor o cotidiano da Baixada Fluminense é contar histórias silenciadas. Se essas imagens podem ser vistas em uma galeria, isso fortalece e empodera as pessoas da região", conclui o artista.