Polícia Operação Omiros
Polícia Civil prende 37 suspeitos de integrar quadrilha de roubo e extorsão de celulares no RJ
Operação Omiros desmantela esquema que usava ameaças para desbloquear aparelhos e lavar dinheiro
18/02/2025 14h46 Atualizada há 2 semanas
Por: Redação da Folha Fonte: G1
Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta terça-feira (18), 37 pessoas durante a Operação Omiros, que mirou uma quadrilha especializada no roubo de celulares. Segundo a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), os criminosos não apenas subtraiam os aparelhos, mas também ameaçavam violentamente as vítimas para obter senhas e acessos.

Os agentes saíram às ruas para cumprir 43 mandados de prisão, expedidos pela 2ª Vara Especializada do Rio de Janeiro. Entre os alvos, grande parte já possuía antecedentes por crimes como roubo, receptação, estelionato e tráfico de drogas. Em alguns endereços, as equipes foram recebidas a tiros.

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O grupo criminoso operava em pontos movimentados do Rio de Janeiro, incluindo:

Para garantir exclusividade no roubo de celulares nessas áreas, os chefes da quadrilha forneciam armas aos assaltantes e estabeleciam acordos com traficantes, repassando parte dos lucros em troca de “autorização” para os crimes.

Esquema de extorsão e violência psicológica, interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça revelaram que os criminosos utilizavam métodos cruéis para extorquir as vítimas. Entre as táticas usadas estavam:

Caso as vítimas não fornecessem as senhas, os celulares eram desmontados e vendidos como peças em assistências técnicas clandestinas. A investigação também revelou que a quadrilha possuía uma estrutura financeira organizada, utilizando laranjas para lavar dinheiro obtido com a revenda dos celulares desbloqueados e das extorsões. Os criminosos ostentavam luxo nas redes sociais, comprando bens de alto valor e promovendo festas bancadas pelo crime.

O nome da operação, Omiros, vem do grego e significa “refém”, uma referência ao terror psicológico imposto às vítimas.