Cultura Arte e Inclusão
Espetáculo “Meu Corpo Está Aqui” chega à Baixada com reflexões sobre sexualidade e corpos PCDs
Peça premiada será apresentada nos Sescs de Nova Iguaçu e São João de Meriti nos dias 17 e 24 de maio, com acessibilidade total
13/05/2025 14h06 Atualizada há 3 dias
Por: Redação da Folha

Após passar por cidades como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Recife, o aclamado espetáculo “Meu Corpo Está Aqui” chega à Baixada Fluminense com duas apresentações imperdíveis: no Sesc Nova Iguaçu, no dia 17 de maio, às 19h, e no Sesc São João de Meriti, no dia 24 de maio, às 18h. A peça propõe uma reflexão potente e inédita sobre sexualidade, afeto e a vivência de corpos PCDs (Pessoas com Deficiência).

Com direção e texto de Julia Spadaccini (surda oralizada) e Clara Kutner, a produção foi selecionada pelo Edital Sesc Pulsar RJ e já integrou festivais renomados como o FIAC Bahia, o Festival de Curitiba e o Festival Cervantino, no México. O elenco é formado por Bruno Ramos (surdo não oralizado), Juliana Caldas e Pedro Henrique França (ambos com nanismo), Rafael Muller (cadeirante) e Jadson Abraão, ator e intérprete de Libras.

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O espetáculo mistura depoimentos reais e ficção para abordar temas como desejo, amor, preconceito e identidade, colocando os corpos PCDs no centro da narrativa. Segundo as diretoras, a proposta é provocar reflexões e desafiar a lógica da eficiência, com cenas que unem humor, sensibilidade, movimento e ironia.

Precisamos de PCDs protagonizando filmes, peças, programas de TV. A peça vem para jogar luz nessa grande invisibilidade que acomete o corpo com deficiência, seus desejos, amores e sexualidade”, afirma Julia. Clara destaca a potência do projeto: “É uma peça desejo-manifesto. Queremos levantar questões e embaralhar certezas.”

O espetáculo foi indicado ao Prêmio Shell na categoria Energia Que Vem da Gente, venceu o Prêmio APTR na categoria Especial, e também conquistou o Prêmio FITA nas categorias Melhor Elenco e Tema Especial.

A produção garante acessibilidade total, com intérprete de Libras em todas as sessões, estrutura adequada para cadeirantes e cuidados voltados a pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

“Meu Corpo Está Aqui” é mais do que um espetáculo. É um manifesto vivo sobre corpos diversos que também amam, sentem, desejam — e estão aqui.