A Baixada Fluminense será palco de um mergulho na arte e na tradição do Carnaval com a presença de uma das maiores referências da folia carioca. A renomada porta-bandeira Squel Jorgea ministra a oficina “Squel – Oficinas de Bailado de Porta-Bandeira” nos municípios de Japeri (24/5), Mesquita (7/6) e Belford Roxo (19/7), oferecendo capacitação gratuita para mulheres a partir de 14 anos, com ou sem deficiência, cis ou trans, moradoras de periferias ou em situação de vulnerabilidade social, além de outros bairros da capital e do outro lado da ponte.
Com apoio da Transpetro, por meio da Lei Rouanet, o projeto visa valorizar e profissionalizar a figura da porta-bandeira — símbolo de resistência e identidade no carnaval brasileiro. Cada oficina contará com duas turmas de 30 participantes, nos turnos da manhã e tarde, e as inscrições podem ser feitas online pelo link https://forms.gle/fva1YY1fPFREwC4ZA.
Durante os encontros, Squel Jorgea — acompanhada do mestre-sala Vinicius Jesus — compartilha seus mais de 30 anos de experiência na dança de cortejo, ensinando desde a história do Carnaval, passando pela postura na quadra, uso de indumentária, até os movimentos simbólicos do bailado.
“Ser porta-bandeira é mais do que dançar: é carregar o nome e a força da comunidade. É uma função artística e social. Quero inspirar outras mulheres da Baixada a ocuparem esse lugar com orgulho”, afirma Squel, que é bicampeã do carnaval carioca e primeira porta-bandeira a defender os pavilhões da Mangueira e da Portela.
As oficinas também servem como um espaço de formação cidadã, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Esses encontros representam mais do que cultura. Representam oportunidade, visibilidade e pertencimento para mulheres que nem sempre são vistas”, destaca a organização do projeto.
A Baixada vive o Carnaval o ano inteiro — agora também como espaço de formação, protagonismo e transformação social.