O secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro, Washington Reis, confirmou que o governo pretende reduzir ainda nesta semana o valor das passagens dos trens da Supervia, do metrô e das barcas para R$ 4,70. A medida faz parte do projeto Tarifa RJ, que visa conter a queda no número de passageiros transportados e aumentar a atratividade do transporte público no estado.
De acordo com o secretário, o subsídio terá um custo estimado de até R$ 300 milhões em 2024, podendo chegar a R$ 500 milhões em 2025, mas o impacto social justifica o investimento. “Podemos colocar meio milhão de novos passageiros se reduzirmos o preço da tarifa”, afirmou Reis.
O plano foi antecipado pela coluna Conversa de Bastidor, no programa CBN Rio, no último dia 14. O governo também prepara a apresentação de três estudos para expansão do metrô: a ligação Estácio–Praça XV, a construção da Linha 3 (Rio–São Gonçalo, sob a Baía de Guanabara), e a extensão da Linha 4 até o Recreio.
Importante destacar que a Supervia devolveu a concessão do serviço de trens urbanos ao governo do estado, que está analisando qual empresa ficará responsável pela operação no futuro. Enquanto isso, o governo mantém a operação com o objetivo de garantir a continuidade do serviço e a qualidade para os usuários.
O trens da Supervia conecta diversos municípios da Baixada Fluminense — como Nova Iguaçu, Queimados, Duque de Caxias, Nilópolis, Belford Roxo e Japeri — aos principais modais da capital. Nas estações Central do Brasil, Maracanã e São Cristóvão, há integração direta com o MetrôRio, permitindo deslocamentos eficientes para Zona Sul, Centro e Zona Norte. Em terminais como Deodoro, Pavuna e Madureira, os passageiros têm acesso ao BRT, facilitando o trajeto para a Zona Oeste.
A conexão com o VLT Carioca acontece na região central, via metrô e barcas, ligando os passageiros ao Centro financeiro. Já o sistema de barcas, com terminal na Praça XV, permite o acesso rápido a Niterói, Ilha do Governador e Paquetá.
Com a redução da tarifa para R$ 4,70, a expectativa é aumentar a demanda e facilitar a mobilidade de trabalhadores que dependem desse sistema integrado para se deslocar entre a Baixada Fluminense e o Rio de Janeiro, promovendo também a diminuição do trânsito e da poluição.