A Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, foi palco de um protesto na tarde desta segunda-feira (27), após a confirmação da morte do jovem entregador Cauã Francisco Alves da Cruz, de 19 anos. Ele foi baleado na última terça-feira (21) enquanto trabalhava fazendo entregas para uma farmácia. Cauã chegou a ter o braço amputado, mas não resistiu aos ferimentos.
A manifestação começou por volta de 16h30, com manifestantes ateando fogo em objetos na via. A Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados para conter as chamas e liberar a pista, o que ocorreu cerca de uma hora depois. O ato causou um congestionamento de 10 quilômetros na rodovia.
De acordo com a família de Cauã, a Polícia Civil ainda não realizou a perícia para identificar a origem do disparo que atingiu o jovem. Testemunhas relataram que o tiro teria sido disparado por policiais militares, e que os mesmos tentaram forjar uma cena colocando uma arma na mão de Cauã, mas desistiram ao notar a presença de moradores da região.
O jovem foi baleado enquanto seguia de moto para realizar uma entrega no bairro Cangulo. Ao passar pela Comunidade do Rasta, no mesmo bairro, foi atingido pelo disparo. Após o incidente, Cauã foi socorrido pelos próprios policiais militares e levado ao Hospital Adão Pereira Nunes, onde passou por uma cirurgia emergencial.
Na sexta-feira anterior, outro protesto já havia bloqueado as pistas lateral e principal da rodovia, no sentido Juiz de Fora, causando retenções de até 2 quilômetros. A comunidade e a família de Cauã cobram respostas das autoridades e pedem justiça pelo jovem, que perdeu a vida de maneira trágica enquanto trabalhava.