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Polícia Civil prende 37 suspeitos de integrar quadrilha de roubo e extorsão de celulares no RJ

Operação Omiros desmantela esquema que usava ameaças para desbloquear aparelhos e lavar dinheiro

Por: Redação da Folha Fonte: G1
18/02/2025 às 14h46 Atualizada em 23/02/2025 às 15h09
Polícia Civil prende 37 suspeitos de integrar quadrilha de roubo e extorsão de celulares no RJ
Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta terça-feira (18), 37 pessoas durante a Operação Omiros, que mirou uma quadrilha especializada no roubo de celulares. Segundo a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), os criminosos não apenas subtraiam os aparelhos, mas também ameaçavam violentamente as vítimas para obter senhas e acessos.

Os agentes saíram às ruas para cumprir 43 mandados de prisão, expedidos pela 2ª Vara Especializada do Rio de Janeiro. Entre os alvos, grande parte já possuía antecedentes por crimes como roubo, receptação, estelionato e tráfico de drogas. Em alguns endereços, as equipes foram recebidas a tiros.

O grupo criminoso operava em pontos movimentados do Rio de Janeiro, incluindo:

  • Central do Brasil, no Centro do Rio
  • Calçadão de Bangu, na Zona Oeste
  • Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense

Para garantir exclusividade no roubo de celulares nessas áreas, os chefes da quadrilha forneciam armas aos assaltantes e estabeleciam acordos com traficantes, repassando parte dos lucros em troca de “autorização” para os crimes.

Esquema de extorsão e violência psicológica, interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça revelaram que os criminosos utilizavam métodos cruéis para extorquir as vítimas. Entre as táticas usadas estavam:

  • Ameaças diretas via WhatsApp e SMS – Envio de fotos de armas e exposição de dados pessoais das vítimas e seus familiares para gerar pânico.
  • Uso de informações da “dark web” – Os criminosos acessavam bases clandestinas para personalizar as ameaças.
  • Golpes de phishing – Envio de mensagens falsas para induzir vítimas a inserir credenciais em sites fraudulentos.
  • Pressão psicológica e chantagem financeira – Exigência de transferências bancárias sob ameaça de vazamento de dados ou repasse a facções criminosas.

Caso as vítimas não fornecessem as senhas, os celulares eram desmontados e vendidos como peças em assistências técnicas clandestinas. A investigação também revelou que a quadrilha possuía uma estrutura financeira organizada, utilizando laranjas para lavar dinheiro obtido com a revenda dos celulares desbloqueados e das extorsões. Os criminosos ostentavam luxo nas redes sociais, comprando bens de alto valor e promovendo festas bancadas pelo crime.

O nome da operação, Omiros, vem do grego e significa “refém”, uma referência ao terror psicológico imposto às vítimas.

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